PROTETOR SOLAR: DEVEMOS OU NÃO USAR?
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Foto © Paulo Fabre. |
E aqui vai o primeiro alerta: se você usa um protetor solar sem proteção adequada aos raios UVA está jogando dinheiro fora... e o pior, achando que está protegida. Vamos explorar melhor esta questão: embora os riscos da exposição solar sejam frequentemente exagerados, qualquer pessoa que já teve uma queimadura pelo sol sabe que ele, verdadeiramente, danifica a pele. O problema é que a maioria dos protetores solares protegem apenas contra os raios UVB, isto é, aqueles que produzem a benéfica e protetora vitamina D. Ambos os tipos de raios (UVA e UVB) podem causar queimadura, embora o UVB possa provocar isso mais rapidamente. O UVA, entretanto, penetra na pele mais profundamente, tornando-se assim, um fator muito mais importante no fotoenvelhecimento, rugas e câncer de pele.
Importante esclarecer que os raios ultravioleta A e B são fundamentais para a saúde, mas é o seu excesso que pode causar danos. É por essa razão que eu não sou um fã incondicional do uso de protetores solares cotidianamente. Antes de mais nada, ele bloqueia a produção natural de vitamina D pela pele. A segunda razão é a de que a pessoa que passa um protetor solar acredita estar protegida e acaba por ficar no sol mais tempo do que deveria. E é por isso que, desde o aparecimento dos protetores solares na década de 1980, não houve nenhuma diminuição na incidência (na verdade, aumentou) de câncer de pele. As pessoas continuam morrendo dos cânceres mais agressivos, tanto quanto morriam há 50 anos. A mais pura verdade é que os protetores solares previnem os tipos de câncer mais comuns: carcinoma de células basais e carcinoma de células escamosas. Apesar de não serem inofensivos, raramente são fatais, mas para o melanoma, de longe o tipo mais grave de câncer de pele, os protetores solares não oferecem qualquer proteção.
O mais provável é que a causa dos melanomas esteja ligada à exposição aos raios UVA. Na Europa, por exemplo, um fator de proteção UVA (PPD, de persistent pigment darkening ou índice de pigmentação persistente) de um produto deve ser, no mínimo, 1/3 do fator de proteção UVB (FPS). No Brasil, a minoria bloqueia os raios UVA, e se o faz, é em quantidades ínfimas. Quer dizer, você usa um protetor pensando estar protegido, mas as camadas mais profundas da pele na verdade estão fritando! Isso sem falar nas substâncias tóxicas que os filtros contém. No próximo post vamos continuar a falar sobre outros erros e mitos comuns no uso de filtros solares, aguardem!
Por Dr. Carlos Braghini, especialista em quiropraxia e autor do livro Ecologia Celular.
Por Dr. Carlos Braghini, especialista em quiropraxia e autor do livro Ecologia Celular.
Seus argumentos são sempre muito esclarecedores! Obrigada! Só fiquei em dúvida a respeito do uso do filtro solar para quem está (como eu) fazendo tratamento para melasma com hidroquinona, tetrinoína e fluocinolona. Como proceder nestes casos?
ReplyDeleteLuiza, o uso do filtro solar traz duas consequências imediatas: primeira, a possibilidade de você absorver toxinas pela pela; segundo, bloquear a formação de vitamina D e trazer consequências para seu corpo como um todo. O que fazer? Se você precisa de proteção, o ideal é usar um protetor solar que seja livre de petroderivados; pelo menos você se livra das toxinas adicionais. O uso do protetor pode ajudar no controle do melasma, mas não lhe protege contra o câncer de pele, conforme escrevi no artigo. O segundo passo a ser tomado é avaliar o nível de 25-OH-vitamina D no sangue e suplementar caso esteja abaixo do ideal. Abraço
ReplyDeleteMuitíssimo obrigada, Dr.! Ando refletindo muito sobre os seus comentários! Mais uma vez a pele e a alma agradecem!
ReplyDeleteParabéns! Tem me ajudado muito seus post. Obrigada..
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